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Fala Dio

 

Somos pessoas buscadoras do reencontro com a natureza e com as forças de vida. Conduzimos nossa ação e direcionamos nossos passos de maneiras tais a criarmos condição própria para vida tranquila e comunhão com o Todo, a fim de produzir nossa arte de maneira integrada à restauração e preservação da natureza selvagem, interior e exterior.

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Vivendo com simplicidade e quietude, trabalhamos para nos manter conectados à fonte, construindo nossas obras com o que há de melhor em nós e nesta maneira de ser.

Nossa expressão é fruto de pesquisas, interações, vivências e reflexos do belo em nosso caminho. As obras são luminosas, simbólicas e magnéticas, evidenciando como e por que são realizadas. Somos um testemunho de que o retorno à natureza é possível, e fertiliza a existência.

O comércio é nosso encontro com o mundo, onde amigos e clientes confirmam essa proposta de levar beleza, alegria e luz ao convívio daqueles que nos agraciam com suas escolhas.

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Nossa loja é um espaço vivo e mutante.

Extensão de nossa maneira de existir, é neste espaço que acontecem encontros e encantos, pessoas que se deparam com beleza e com sentidos de vida, fazendo disso referência para suas atuações no mundo.

O comércio que aqui se faz é humano, gentil e ético. Criamos e vendemos obras e produtos de arte ricos em cores, formas e temas.

Este é o espaço para nossa vida social, local onde interagimos com nosso público e suas realidades, e trocamos ideias,  percepções e afetos entre aqueles que prezam a liberdade de ser autênticos e plenos!

Meu retorno à natureza aconteceu cedo. Sentia e intuía desde adolescente que a vida em concreto e asfalto não me traria algo que buscava: a simplicidade, o gosto do simples!

Quando menino senti atração pelo mundo natural, pois meus tios eram agricultores e viviam numa área de mata atlântica. Extrativistas, mostraram-me o quão frágil era esse ecossistema,

infelizmente através de práticas errôneas e irresponsáveis. Conviver com pessoas tão simples gerou amor pela vida ao ar livre, pelo trabalho com a terra.

Na década de 80, segui meus anseios. Saí de Camboriú, em Santa Catarina, e fui para a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, numa época em que o cerrado se mostrava como um bioma incrível, um mundo a ser explorado, conhecido. Tive um encontro importante com o mundo alternativo, quando me fixei na região como agricultor e professor do Mobral.

O retorno à terra e a interação com pessoas muito variadas enriqueceram minha maneira de ver e sentir.

Foi no Planalto Central que eu percebi como o mal se alastra rapidamente. Nos anos que lá passei, vi muito cerrado sumir e dar lugar a pasto e campos de soja.

Após dez anos, eu já morava na cidade de Alto Paraíso de Goiás, e havia me tornado tecelão. O artesanato sempre foi alternativa em meu caminho. Conheci feiras e artesãos na adolescência, e comecei na arte do comércio desde cedo.

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Em 91 saí do Centro-Oeste em direção ao interior do Rio de Janeiro. Fui trabalhar na implantação de um santuário ecológico em Valença, interior do estado. Instalei-me numa área de 40 alqueires de floresta atlântica, com a finalidade de construir um posto de estudo e restauração do ecossistema.

Porém, neste mesmo ano conheci Míriam, com a qual me casei, e redirecionei minha vida. Juntos formamos o Ateliê Vivart. Foram anos de base e muito trabalho, com a ideia em comum de vivermos fora das cidades, o mais dentro da natureza possível.

O caminho como artistas nos possibilitou esta vivência, e fomos morar na montanha desde então.

Vivemos na Serra da Beleza por alguns anos, em Conservatória, no estado do Rio.

À procura de um local que nos permitisse estrategicamente o contato com a natureza, que era condição essencial, e o contato com pessoas de grandes centros, que era condição desejável, fomos viver no Parque Nacional do Itatiaia, o primeiro parque nacional do Brasil, remanescente de mata atlântica e campos de altitude incomparáveis, por sua beleza e geografia.

Foram anos produtivos, de deleite e grande aprendizagem. Em contato com esse bioma fantástico, e na companhia de pesquisadores, cientistas, escritores e conservacionistas, inteiramo-nos do muito a ser preservado e recriado.

Intenso trabalho com a arte e interação com o mundo natural, pesquisas em campo e mergulhos em livros, conversas e reflexões, ao pé do fogo, junto às águas, trilhando os caminhos das pedras... Anos encantados.

O parque passava por mudanças em sua administração, e foi chegada a hora de procurar um lugar mais próximo ao público que nos conhecia, e com a possibilidade de continuarmos nossos projetos. Depois de pesquisarmos localidades na própria Serra da Mantiqueira, escolhemos Santo Antônio do Pinhal, em São Paulo.

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Percorremos a região em busca de uma terra que nos recebesse e acolhesse o jeito que escolhemos para viver. Alguns pontos eram bem claros para nós: queríamos um sítio onde tivéssemos silêncio, água, árvores, solo fecundo, bichos e suas companhias... Não foi fácil, mas a experiência nos ajudou a identificar o possível e realizar o que almejávamos.

Nossa intenção era morar numa floresta, a exemplo do que vivemos em Itatiaia. Não encontramos a floresta, mas delineou-se a possibilidade de resgatar uma área maltratada. Unindo nosso conhecimento de vida natural à necessidade de termos um canto de paz e sossego no mundo, decidimos cuidar de restaurar e devolver à natureza o que lhe fora espoliado.

Em 2008, encontramos um vale que oferecia as condições necessárias e suficientes para nele vivermos, possibilitando essa empreitada que seria recuperá-lo de anos de uso intensivo com agricultura e criação de animais em cativeiro.

Sem pensar muito a respeito do trabalho que envolveria, iniciamos a limpeza do local, retirada de cercas e estruturas, coletando e retirando lixo e elementos exóticos à paisagem, à fauna e à flora. Simultâneo a essas ações, começamos a plantar.

Conforme se muda o meio em que se vive, muda-se a vida!

E o trabalho de regeneração nos ofereceu fatos e questões que aprofundaram nosso conhecimento do mundo natural, e de nós próprios!

 

PS: Os anos que vivemos no Parque Nacional do Itatiaia foram especialmente importantes como referência de vida selvagem. Nossas caminhadas no Planalto do Itatiaia, região do pico das Agulhas Negras, inspiraram nossas vidas e nos mostraram nossa real dimensão neste grandioso cenário natural. O silêncio, a imensidão, a altitude, as trilhas, águas e rochas nos recebiam, acolhiam e ensinavam a felicidade de se deixar dissolver, pertencer ao Todo!

A fotografia foi, na época, nossa ferramenta para revelar e compartilhar tanta beleza, e durante anos caminhamos e capturamos essa mágica luz que flui na montanha, seus véus e águas...

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